O excessivo enfoque accionista na visão de curto prazo tem conduzido a um ressurgimento das críticas às obrigações de prestação de informação trimestral por parte das empresas cotadas. Alega-se precisamente que são estes deveres de informação trimestral que condicionam a gestão societária e enviesam o ângulo de análise dos accionistas, em prejuízo de uma visão sustentável e de longo prazo.
Neste contexto, e ainda a propósito de John Kay, cabe recordar a conclusão do seu mais recente artigo no FT:
The tyranny of quarterly earnings has created a dysfunctional cycle of smoothed and exaggerated numbers and relations between companies and analysts based on earnings guidance, an activity almost unconnected to the real business of the company and to assessing its progress. “Never mind the quality, feel the length” has been the guiding principle of corporate disclosure for too long. It is time companies and their investors got together to identify information, usually sector specific, relevant to their joint needs.